Relatos de uma revoltada com o amor

E aí meninas, tudo bem? Garanto que muitas de vocês, em alguma parte da vida, já viveram uma amizade colorida ou uma paixão platônica. No início, essas situações são até saudáveis, pois te enchem de sorrisos e esperanças. Mas, com o passar do tempo, você percebe que investiu muito e recebeu pouco. Ok, quem dera fosse fácil assim. Na maioria das vezes, é necessário alguém intervir e dizer que todas as suas tentativas foram frustradas e que ele não é para você. E isso gera um cansaço emocional desproporcionalmente maior do que o significado que aquela paixãozinha realmente teve na sua vida. E aí, tem aquelas que dizem "ai, mas se você acha a pessoa certa, tudo é lindo". Concordo. Porém, como não dá pra saber se o cara é certo ou errado: não se apaixone. 

Não foram poucas as vezes em que me vi caindo de amores por alguém, e no fim, tudo foi uma merda (desculpe o vocabulário, mas não tem palavra melhor). É sério, podem pegar meus vídeos da pré-escola e vocês verão uma Mayarinha fazendo castelos na areia com um menino de cabelo tigelinha. O fato é que sempre acabei me decepcionando. No caso do garoto da tigela, provavelmente foi porque um belo dia ele não quis me emprestar a pá para cavar um buraco na terra (depois dessa, só enterrando o próprio). Pulando alguns muitos anos, tive meu primeiro beijo. "Que fofa, ela está apaixonada". 

Depois de alguns dias ele apareceu namorando e não era comigo. Mas isso não chega perto do tormento que foi um dos meus "relacionamentos". Mesmo tendo passado por várias desilusões, eu realmente achei que dessa vez fosse diferente; e olha, não foi. Como todas as outras vezes, pensei ser ele o garoto certo, ainda mais que nossa história começou com muitas coincidências. Só que isso eu conto outro dia. 

O que eu estou tentando dizer é para vocês pararem com essa mania de ver futuro em algo que nem devia ter começado. Ok, não estou falando para vocês virarem freiras ou ficarem sem falar com meninos e, muito menos, para pegarem todos na balada na praça pode. Não envolvendo tanto sentimento logo de cara, já ajuda. "Ah, mas já foi, estou gostando muito dele... e agora?" SE ENTERRA. Brincadeira. Treine, minha filha! Sabe quando você doa alguma roupa que não usa mais, mas que mesmo assim é difícil de se desfazer? Então, nos primeiros dias ou meses (anos é demais né?), é normal querer a peça de volta; mas com o tempo você finalmente percebe que sua vida é a mesma sem ela (ou até melhor, caso sua mãe compre outra pra você). "Ah, mas se homens são roupas, então eu posso usar um a cada dia?" NÃO, que parte de não ser piriguete você não entendeu? Essa comparação só é válida para se desapegar de um. Se você ama muito suas roupas, pode preferir compará-los a maquiagem vencida também. Afinal, um produto fora do prazo de validade, além de fazer mal, perde seu efeito.

Ma